Acreditamos.

A Sé de Vila Real é de granito.
Resistente, sólida, capaz de enfrentar os Invernos mais duros.
Os seus vitrais, com palavras da Bíblia, obra do artista João Vieira, falam do que não se toca, mas que sustém a nossa vida.
Duas formas de força.

Vila Real é assim, os vila-realenses são assim. Dito de outro modo, e recorrendo às palavras do escritor transmontano e duriense Miguel Torga, conhecer Vila Real é descobrir um Reino Maravilhoso. Uma geografia onde o tradicional e o moderno, o cosmopolitismo e a moldura natural se fundem de uma forma belíssima.

Com os seus mais de 500 anos de história, Vila Real cresceu e afirma-se como um pólo de desenvolvimento cultural e social. A sua equidistância em relação a todo o Norte de Portugal e à Galiza faz dela o ponto de encontro da tradição, da história e das influências da comunidade Ibérica.

Em 2016, a cidade foi Capital da Cultura do Eixo Atlântico. Aqui confluem o Douro, o Barro de Bisalhães e o Vale do Côa, Patrimónios da Humanidade reconhecidos pela UNESCO, muitos afluentes e caminhos.

Vila Real assume a centralidade desta região, mas quer ser um foco de irradiação, estreitar laços, fomentar partilhas, construir, atrair, sintonizar-se com linhas programáticas do pensamento europeu, do mundo.

As questões ambientais, as desigualdades, os diferentes movimentos num território plural, os valores humanistas são também as nossas questões.
Quem nos descobrir como Capital Europeia da Cultura 2027, vai encontrar uma cidade onde a arquitetura vanguardista de muitos equipamentos públicos vive com o estilo barroco do Palácio de Mateus.

Onde a gastronomia é rica, deleitando os paladares mais exigentes, com as Cristas de Galo, os Covilhetes, as Tripas aos Molhos.
Onde a cultura, o conhecimento científico e a investigação que emanam da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro se conjugam com os cantares tradicionais e a cultura popular transmontana.
Onde a vida passa um pouco mais devagar, mas as Corridas Automóveis estão gravadas no coração de cada vila-realense.

Conhecer Vila Real é, acima de tudo, conhecer pessoas singulares. É encontrar nas suas feições a força da pedra, a beleza do Alvão e do Marão. É uma gente que mais depressa quebra do que torce, com sensibilidade para ouvir o rio que corre, cuja hospitalidade é genuína.

É a revelação de um lugar “real d’aspecto e de graça”.


Rui Santos
Presidente da Câmara Municipal de Vila Real

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